quarta-feira, 30 de novembro de 2011

A mulher perante a lei

Ana de Castro Osório com os seus filhos


“(…) Quem vai responder no tribunal da Boa Hora, (…) não é Maria Veleda, a escritora distintíssima, a professora ilustrada, a mãe apaixonada, a educadora consciente, a jornalista, a polemista, a conferente.
Não! Quem vai responder é a mulher!
Isto é, quem aparece diante dos julgadores, levantando a cabeça honrada com a distinção que é conferida ao nosso sexo colectivamente, é a feminista, é a combatente, a reivindicadora dos nossos direitos.
(…)
Vamos assistir ao espectáculo curioso de ver como a lei considerando a mulher um ser nulo, politicamente falando, vai julgar uma mulher pelo crime que tem por corpo de delito o artigo em que, apenas sob o ponto de vista político, se encara a figura régia da srª. D. Amélia de Orleans.”
(Ana de Castro Osório, A República, 17.3.1909, p. 1)

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